sábado, 5 de dezembro de 2009

Portugal faz figas em Copenhaga


Como se sabe, no próximo dia sete de Dezembro vai-se iniciar a cimeira da ONU, em Copenhaga.

Indiciando já uma proposta, e que seria digno de ver nestes políticos, seria desde logo que eles próprios dessem o exemplo em alguns aspectos. Como se sabe, no centro da agenda estão as preocupações ambientais devido à grande degradação que se assiste no nosso planeta. Imediatamente concluímos que esta agenda é de papel. Por isso, se eu tivesse que propôr uma medida mais ou menos exequível, esta seria a abolição de todo e qualquer tipo de papel. Os motivos são óbvios: deixar de abater as árvores. Agora até existem computadores e smartphones, e até podia ser por aí que se podia iniciar o salvamento do planeta. Imagine-se o título jornalístico: "Ministros jantam fritada de peixe. Para secar o óleo foi utilizado um secador em vez de papel absorvente" ou "Gordon Brown limpou o rabo com dedo anelar". Eu com exemplos destes, ficaria certamente comovido, o que me levaria, mais uma vez a repensar os meus hábitos.

Outra proposta seria não fazer esta cimeira. Então não é que a malta vem toda de avião, depositando na atmosfera toneladas de CO2? Com tanta tecnologia, podiam até fazer uma reunião por Skype, ou algo do género. É que se fosse mesmo um assunto importante, a malta não precisava de apanhar o avião de propósito, para definir objectivos e medidas. No meu entender, todos nós sabemos as medidas a tomar: optar pelas energias limpas, criar barreiras ao uso de energias poluentes e lutar contra o lobbie das petroliferas. Eu até percebo que os líderes africanos queiram vir a Copenhaga. Vêm comer várias vezes ao dia e deixam de ouvir rebentamentos de bombas. Se fosse para isso, até eu ia a Copenhaga, mas ainda tenho a possibilidade de fazer ambas em casa, com a vantagem de não ter que me fazer deslocar em automóveis que consomem para caraças, emitindo mais não sei quantos gases poluentes.

Depois disto tudo pergunto, o que portugal tem a ganhar com esta cimeira? Como sabemos, nestas reuniões são definidas as metas. Por outro lado, estas metas, se demasiado ambiciosas, podem levar a sua própria violação, tal como aconteceu com o protocolo de Quioto. Os países emergentes e sub-desenvolvidos costumam exigir metas adaptadas ao seu crescimento, pois viram crescer, os agora países desenvolvidos, há décadas e séculos atrás, sem essas restrições ambientais. Daí que portugal deve puxar pelos galões e, já que é dos países que mais utiliza energias renováveis, pedir metas que sejam restritivas ao crescimento dos países emergentes. Assim, poderemos continuar por mais uns anos no grupo dos países desenvolvidos, já que não saímos da cepa torta.

Fica a reflexão...

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