quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Comentário ao blog do Vítor

Acho um piadão ao meu amigo Vítor Silva que escreve uns bitites no seu blog (em http://japensaste.pt.vu/). Acho que é este mesmo o espírito, e gostava que mais amigos meus tivessem tempo e dedicação para dar a um blog... Assim poderia ter tempo para fazer o seguinte:

Ó VÍTOR MEU BURRO?! O QUE È QUE ANDASTE A ESTUDAR NESTES ANOS TODOS PAH?! Tu com uma resposta dessas num teste da faculdade, nem direito a um "1" na pauta tinhas carago. Fiquei extasiado com esse post. Como é que consegues fazer um resumo tão superficial e sintético de toda a realidade, nomeando três indicadores macro-económicos (1º "Evolução da Economia Americana", 2º Desemprego, 3º Nível Salarial), que só por eles próprios exigem uma reflexão tão detalhada e tão profunda?

Assim, só dois pequenos comentários:

Primeiro:"Ora, em relação à América não há muito a fazer. Os EUA têm o poder que têm e acabou, apesar de o dólar ter vindo a desvalorizar" - O facto do dólar ter vindo a desvalorizar, significa só per si que os EUA já não são o país em quem os investidores confiam mais. De facto, tem-se assistido à perda de soberania dos EUA, não só para a China, mas para os países emergentes como o Brasil e a Rússia, onde vêm maiores rentabilidades e oportunidades de negócio. Assim, e se olharmos à nossa volta (em Portugal) os investidores não estão a virar-se para os EUA. Eu acredito que não se pense só assim em Portugal, mas em muitos outros países do mundo. Diz-se que os países desenvolvidos vão ter grandes dificuldades em sair da crise, visto que as suas prioridades vão ser os défices e o emprego. Os emergentes, como ainda beneficiam das altas produtividades do trabalho, não têm esses problemas. Cada trabalhador a mais, significa uma produção superior ao custo do trabalho, e dessa formar atingem grandes taxas de crescimento, superando facilmente o problema do défice, e atraindo investimento.

Segundo: É verdade que o Novas Oportunidades não vai resolver o nosso problema de educação? É! É verdade que grande parte da nossa produção está assente em indústria de baixo valor acrescentado e mão de obra pouco qualificada? É! É verdade que a geração que veio do 25 de Abril é trafulha e não dá exemplo ao povo? É! Porra mas é Portugal! Um gajo não pode é ficar a olhar para isso e fingir que não é nada. A nossa geração tem tudo para perceber como não é, e fazer o que tem que ser! Sinceramente estou aliviado com esta crise! Fechou ai muita empresa ineficiente, vieram à tona muitos trafulhas e já dizia o Darwin: Agora é a hora da teoria da "selecção natural" ou a lei do mais forte, como queiras. Só me custa que tenha que ser o Estado e os nosso impostos a fazer o trabalho sujo e a ter que arrumar o país. Nas entrevistas que tenho feito, costumo perguntar onde essas pessoas querem estar daqui a 20 anos. Há algumas que não têm objectivos, ficam a olhar, e não mostram um sentido de vida nem objectivos! Como é que se motiva toda esta gente que nem qualificações tem, para além de um saber estar em caixa ou a ser vendedor? Estar a construir auto-estradas e TGV's é estar a dar mais um folgo a esta mão de obra não qualificada que Portugal tem. Os "qualificados" estão agora a surgir em Portugal. Na Irlanda, a política da educação surtiu efeitos mais depressa e foi o que se viu - cresceu até não poder mais! Vamos lá ver se é agora que puxamos o IDE necessário para empregar este pessoal qualificado e que o governo tão bem estava a conseguir antes da crise. Eu acredito!

Já Pensaste?

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Pasquim

Porra, hoje estou de rastos.

Não me lembro de ter tido um dia tão produtivo como o de hoje. Até pensei partilhar aqui o que fiz, mas como acho que os leitores não teriam noção, prefiro poupar essas palavras. Afinal de contas, estou com um sentimento de realização, sabendo que me diverti até ao momento em que me começaram a doer vários os músculos do corpo. Neste momento parece que sinto uma perna deslocada, grandes dores de costas e cansaço. Ah! E também sinto a barriga cheia!

Pois, cheguei à bocado a casa, jantei uma sopa de feijão e meio frango. Estava cheio de fome, já que só tinha lanchado às 18 horas. Já me habituei a este horário - jantar sempre às 23 horas. Agora estou a ver os resumos dos jogos da liga dos campeões e a escrever.

Enquanto lia o e-mail recebi um "convite" engraçado. Voltar a escrever para o Pasquim! Já tinha recebido um convite há uns tempos, mas não tinha ligado muito. Quando um convite é endereçado a alguém é preciso passar uma certa energia e objectividade. De outra forma, o convidado não percebe muito para o que está a trabalhar. Mas num e-mail que recebi hoje, houve algo que me despertou um certo interesse em voltar a escrever. É certo que nos meus tempos de faculdade apanhei várias fases do Pasquim. Foi engraçado vê-lo ressurgir, sempre cheio de polémicas e histórinhas. Também é certo que nunca ressurgiu com a força que era pretendida, mas lá foi funcionando. Recuperaram-se leitores, reescreveram-se secções perdidas, nasceram críticos e desenvolveram-se escritores. Das oito edições que preparei tentava sempre ter uma novidade. Se consegui? Não sei. Mas vê-lo agora definhar dá-me alguma tristeza. Hoje em dia os miúdos já não se interessam por lutar (pela escrita) pelos seus interesses ou humores. Dá ideia que é tudo muito mais superficial e que têm medo se exprimir e da opinião dos outros.

Mas pronto, apesar de tudo surgiu-me uma ideia para um texto. Pode ser que saia engraçada. Foi sempre uma ideia que tive da faculdade. Mas depois vocês vão ler. Eu posto aqui e envio para a redacção...

Para finalizar e me poder ir deitar, queria agradecer aos fundadores do Pasquim e a todos os que lhe deram continuidade. Sem eles, provavelmente não escreveria este blog ou não teria um espírito tão critico-literário como tenho hoje, e que procuro desenvolver. Uma palavra especial para o Ricardo Oliveira (Ciências) e Pedro Fernandes (Tuças) - Ex-directores do Jornal "O Pasquim"

Agora vou descansar.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Julie&Julia

Adoro ir ao cinema.

Ontem fui ver o Julie&Julia. Depois da única sessão possível ser a das 19 horas, o que implicava que não pudesse ver o meu glorioso, acabei também por ceder na minha preferência - "Um conto de Natal". Como sou um diplomata decidi abdicar e deixar que fosse ela a escolher, já que das outras tinha sido eu. De outro modo, não achei mal ver um filme onde as protagonistas eram duas mulheres.

Para quem não viu, este filme retrata uma história sobre comida, cozinheiras e um blog. Não costumo fixar nomes de actores, nem grandes pormenores. Para mim, um bom filme tem que ter a faculdade de me transladar para uma pseudo-realidade, onde me alheio de todos os meus problemas e vínculos, passando apenas a ser... um espectador. Quando isto acontece, eu dou por bem empregue o dinheiro que paguei pelo cinema ou pelo dvd que adquiri. Tudo o resto tem que passar a ser minúsculo e a mim tem que me dar vontade de viver aquela história para sempre. Esta é a sétima arte.

De qualquer modo, e embora não vá tanto ao cinema como à anos atrás, a história deste filme fez-me regozijar o propósito deste blog. Ainda que não escreva aqui sobre comida, acho que todos devemos fazer algo que gostemos. O trabalho tira-nos imenso tempo e energia, e é bom que existam objectivos além dos materiais que nos movam no dia-a-dia: Um amor, um amigo, um blog, um desporto, o que quer que seja. Tem que existir uma coisa que nos faça sentir que fizemos algo por nós próprios (ou pelos outros), sem contrato, sem remuneração, apenas pelo prazer de gozar a vida.

Espero que nunca caía na tentação de não fazer nada...

A vida também se saboreia
Bon apetit

Ganhar dinheiro com o Youtube

http://aeiou.visao.pt/ganhar-dinheiro-com-o-youtube=f537048 é uma pequena notícia onde encontramos três exemplos de como ganhar dinheiro no Youtube. O tema até parece ser interessante, e é! No entanto, é preciso audácia e "saber" para o ganhar. No fim de contas, já serviu para me rir um bocado com os vídeos "milionários".

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Chegou o Natal


Quando chega esta altura do ano é sintomático para mim começar a lembrar-me das músicas de desta época: Pinheirinho, All I want for Christmas Is You e umas do Sinatra. Mas, uma das que mais marcou a minha geração foi a da Leopoldina. Creio que muitos sabem a canção: Bemvindos ao mundo encantado...

Assim, já há várias semanas que me sentava no sofá à espera do anúncio do Continente. Via a programação e esperava por todos os intervalos que intermedeiam os desenhos animados ou as "Soap opera" da noite. E eis que surgiu: Aí estava ela. A Leopoldina, vinda de férias, de baterias carregadas para mais uma campanha natalícia, arrebatando com todos os seus brinquedos... Que êxtase. Este ano, aí estava ela, carregada com umas botas pretas de cabedal e de uma pose arrojada de penas alouradas, pronta a assaltar os bolsos dos pais mais babados pelas boas acções dos filhos. Além disso, mostra coragem. A gripe A e o frio a chegar, e ela de mangas caveadas!

No entanto, tudo parou. Por entre outros intervalos, apareceu a gorda da Popota. Já não me lembrava desta, carago! Se calhar por não ter sido da minha geração, já não me recordava deste figurete! Narinas à mostra, um tanto ó quanto pó gorda, com a mania que canta e sabe dançar. Mas alguém já alguma vez viu um hipopótamo cor-de-rosa? Por isso é que os putos vão para a escola discutir com os professores. Assim é normal que fiquem com a realidade distorcida...

Assim pus-me a pensar porque raio é que o tio Belmiro não apertou os calos à Popota. Então quer dizer, uma aparece ano após ano mais esbelta e magra. Agora até tem a ordem das asas, com filmes de acção e explosões, que é tudo o que os putos gostam.

Mas a outra não! Aparece gorda e com uma música que já não é tão fácil de trautear como a da Leopoldina, a não ser o refrão que é facílimo: POPOPOPOPOPOPO...TA.

A minha formação em Economia diz-me que a Popota surgiu para apanhar alguma franja de mercado... Mas eu não estou a ver qual! Agora que tenho vinte e cinco anos consigo encontrar algumas semelhanças interessantes entre a Leopoldina e a Angelina Jolie e isso, até trás alguns factores provocantes à Leopoldina. Podem comparar...

Será que a Popota é afinal para atrair a franja de mercado das crianças?

É pah, não sei. Mas já ando a micar uns playmobil e uns tropinhas para me oferecer este Natal.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

"Sou um bocado lerdo"

Hoje foi um dia (em) cheio.

Entre muitas das funções de gestão que tenho como responsável de desporto, surge a de construir uma equipa, ou seja, recrutar quando é preciso, e animar o pessoal. Subentenda-se que "animar" não significa fazer o que faço aqui no blog, mas antes, fazer com que os colaboradores que lidero se sintam motivados no dia-a-dia. Acreditem, já saí bastantes vezes desanimado por passar um dia inteiro atrás de uma caixa ou a dobrar roupa. Se acham que têm trabalhos aborrecidos, pensem duas vezes, antes de o dizer!

Ainda assim, e fugindo ao que me levou a escrever hoje, acho que encontrei uma boa maneira de fazer diminuir o desemprego. A fórmula é muito simples. Basta que cada português entre numa loja e desfaça tudo com ainda mais raiva do que o costume. A sério! Quando entrarem numa loja, virem aquilo tudo ainda mais ao contrário! Em poucos meses vão ver que todas as lojas estarão a recrutar mais repositores e o desemprego começará a diminuir. No entanto, isto também serve de política expansionista numa fase mais posterior. Em épocas de baixo desemprego, bastará que todos os portugueses que entrem numa loja, arrumem o que desarrumaram: mais mão-de-obra se libertará para novas áreas de actividade. Como é óbvio, o Estado terá que investir em alguma formação, especialmente para aquelas pessoas que têm todo o prazer em dizer: "Arrume você que tem mais jeito!". Eu adoro ouvir isto de um compatriota todo escangalhado ou pindérico. É como ouvir na escala de sol, um dó com um si... soa mal!

Assim, passei a respeitar muito mais esse trabalho que, parecendo inútil, é feito por um lado, para que cada cliente tenha acesso à mesma forma bonita de encontrar um artigo, e por outro, porque isso dá forma de sustento a muita gente, inclusive à loja e a mim.

Acabei por desviar um bocado o assunto que me trouxe hoje aqui ao blog. Apenas queria ter dito, que hoje entrevistei um rapaz de dezanove anos que se tinha candidatado. A determinada altura, perguntei-lhe quais principais defeitos que ele achava ter. Depois de ter dito dois, e não tendo mais nenhum para nomear, pedi-lhe para que tentasse lembrar-se de outro: "Às vezes sou um bocado lerdo!" - disse ele. Fiquei estupefacto.

Agora que escrevi isto tudo, fico a pensar se não lhe devia ter dado uma segunda oportunidade... É que só tenho aceite licenciados para vendedores, e realmente, podia aproveitar um lerdo para dobrar roupa, deixando para outros empregos bons licenciados com quem vou trabalhar este Natal...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Pastelaria às cinco da matina


Esta semana tem sido realmente preenchida em trabalho e não vai dar mesmo para escrever algo de jeito (reparam? fiz uma piada! - Brinquei comigo próprio, sabendo de antemão que não tenho assim piadas por aí além. Este fenómeno é, aliás, pouco usual entre os portugueses. Normalmente não se riem de si próprios... Um dia vou explanar a minha opinião sobre isso). Ainda assim, ontem tive um bom momento, entre o local de trabalho e a minha cama.

Desta forma, ontem saímos todos da loja às quatro e tal da manhã, depois do inventário. Como ainda não estávamos cansados o suficiente, decidimos ir comer a algum lado. O problema é que em Aveiro não há nada que se coma a partir das duas da manhã, a não ser ali para os lados do Rossio (onde o menu envolve pitos frescos, meloas e marmelada). A nossa sorte foi o segurança conhecer, um sítio ali perto, onde se fazia pastelaria. Espectacular! Fomos dar a uma casa onde não parecia que vivesse alguém. Vimos uma luz, batemos à porta.... E lá estavam os pasteleiros todos com a massa na mão!

Disseram-nos que estivéssemos à vontade - mas não havia bancos. Assim, olhamos para as travessas já cheias de croissants, pasteis de natas, bolas, pão com chouriço e servi-mo-nos... Barato, bom e fresquinho.

Deitei-me e adormeci que nem um bébé.